segunda-feira, 19 de agosto de 2019

Espiroquetas (Spirochaetales)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL DA BAHIA

                 CAMPUS PAULO FREIRE

       MICROBIOLOGIA: NOÇÕES BÁSICAS

         DISCENTE: LUCCA GOMES DIAS

   DOCENTE: MARCELO EHLERS LOUREIRO

 

 

 

 

 

Espiroquetas (Spirochaetales)


v Espiroquetas é um filo de bactérias que contém uma única classe e ordem.
v As espiroquetas são bactérias em forma helicoidal(semelhante a uma mola) que tendem a se mover com um movimento ondulante semelhante ao de uma hélice.
v As principais cepas (espécies) das espiroquetas incluem o Treponema, a Borrelia e a Leptospira. Essas são as 3 principais espécies da patogenia e que transmitem doenças graves para seres humanos.
v Os espiroquetas distinguem-se de outros filos bacterianos pela localização de seus flagelos, às vezes chamados de filamentos axiais, que correm no sentido longitudinal entre a membrana interna bacteriana e a membrana externa no espaço periplasmático. Estes causam um movimento de torção que permite que o espiroqueta se mova. Ao se reproduzir, um espiroqueta sofrerá fissão binária transversal assexuada. A maioria dos espiroquetas é de vida livre e anaeróbica, mas há inúmeras exceções. As bactérias Spirochaetes são diversas em sua capacidade patogênica e os nichos ecológicos que habitam, bem como características moleculares, incluindo guanina-citosina e tamanho do genoma, as espiroquetas são também bactérias Gram negativas.

v Treponema Pallidum
                                                    Treponema pallidum é uma bactéria patógeno da especie
                                                                  das espiroquetas como Já mencionado,essa bactéria causa doenças como sífilisbejelpinta e bouba.
Não é corada por coloração de Gram e não pode ser cultivada.




v
       Anaeróbia facultativa e catalase negativa. Possui de 6 a 14 espirais espaçadas e regulares, diminuindo de amplitude e de periodicidade ao nível das extremidades, 6 a 10 filamentos axiais e 1 disco de inserção. Tem cerca de 10 micrômetros de comprimento, com apenas 0,2 micrômetros de largura.


Manifestação secundária da sífilis
causada pela bactéria Treponema pallidum

Diagnóstico
Na fase inicial as bactérias podem ser identificadas vivas e móveis com a iluminação de campo escuro (microscopia de fluorescência).
Nas fases tardias da sífilis existem muito poucos microrganismos, pelo que os métodos de diagnóstico devem ser preferencialmente indiretos, recorrendo à sorologia para a pesquisa de anticorpos anti-treponémicos. A prova de floculação mais utilizada é o VDRL) e a reação de fixação de complemento mais utilizada é a reação de Wassermann.
v  Transmissão
o   Relação sexual, raramente por transfusão sanguínea.
v  Via de entrada
o   Membrana da mucosa ou lesão cutânea (infecção em 50% dos casos após contato sexual com parceiro infectado)
v  Tratamento
o   Penicilina benzatina (que tem liberação gradual) ou penicilina cristalina.



v Leptospira
Família Leptospiracea, As  bactérias  têm  
                                   forma de gancho, tendo uma propulsão
                                   por rotação em líquidos; não são
                                   encontradas em ambientes secos, mas
  muito encontradas em ambientes úmidos.






Leptospira pode infectar o homem, animais domésticos e roedores, de modo que os dois últimos geralmente são portadores assintomáticos, eliminando a bactéria na urina por anos.  o homem nunca é reservatório, liberando a bactéria na urina por pouco tempo.  A bactéria sobrevive por meses na lama, água, rios ou solo úmido (áreas tropicais ou subtropicais), e é aí que o homem pode se contaminar.  Nessa família oque tem de mais comum e mais conhecido é a leptospirose.

v Transmissão
v  a. Entre, animais (por feridas).
v  b. De animal para o homem (hospedeiro acidental final).
v  c. Entre homens.

Essa transmissão pode ser feita através do contato direto com a bactéria (urina ou tecidos de um animal infectado) e também pode ser feita por contato indireto geralmente causado pela bactéria estar presente na água e o hospedeiro ter contato com ela que é a maneira mais comum de acontecer principalmente em alagamentos ou brejos.


v  Grupos de Risco
o   Fazendeiros, veterinários, trabalhadores de abatedouro, famílias de baixa renda e sem saneamento básico, áreas de com alagamentos recorrentes.
o   Doença mais comum em países emergentes.

v  Patogenia
o   A bactéria penetra na pele com pequenas escoriações e mucosa íntegra, de modo que a bactéria tem hialuronidases, que executam a penetração. 
o   uma inicial SEPTICEMIA, uma bacteremia que e vai se espalhando por vários órgãos, causando febre mialgia intensa e dor de cabeça; tais sinto mas sendo facilmente confundidos com a dengue (e outras viroses). A maioria das pessoas é assintomática, mas nas formas mais graves pode ser letal.   
o   Depois da fase inicial SEPTICÊMICA, causada pela multiplicação da bacteriana, pode haver a segunda fase IMUNOGÊNICA, caracterizada pela capilarite difusa, onde a leptospira não é detectada no sangue e no líquor (petéquias pelo corpo), e pela deposição de   complexos imunes (lesões locais), com o paciente avermelhado e desidratado.


v  Tratamentos

o   Uso de penicilina G até o 5º dia.
o   Na 2ª fase deve-se fazer reidratação.
o   Dioxiclina (profilaxia).

Curiosidades "Bactérias espiroquetas do gênero Leptospira referentes apenas à espécie Leptospira interrogans, existem mais de 195 sorotipos diferenciados, agrupados em 19 sorogrupos conforme as propriedades antigênicas. A mais frequente é provocada pelo sorogrupo icterohaemorrhagiae, importante em termos de saúde pública, em consequência da forma desordenada de ocupação urbana associada ao hábito do agente vetor, o hospedeiro Rattus norvegicus (rato de esgoto). No meio rural recebem destaque os seguintes sorogrupos: - panoma: com tropismo; capacidade de infectar animais suínos (instalado no porco); - hardjo: afinidade com bovinos (instalado no gado). A transmissão se dá através do contato direto com animais infectados ou com água contaminada por sua urina, manifestando período de incubação que varia de 10 a 20 dias. Os sintomas incluem Febre, calafrio, dor de cabeça, mal-estar, vômito, dor muscular, dilatação do fígado, hemorragias digestivas, lesões na pele, problemas respiratórios e conjuntivite que duram de alguns dias a três semanas. Podem ser confundidos com sintomas de gripe ou de dengue. Existem casos de doentes assintomáticos ou que desenvolvem uma forma grave com constante hemorragia e falência renal, podendo levar à morte. Medidas preventivas → Identificação de focos de água contaminada, geralmente coincidentes com períodos chuvosos intensos, com ocorrência de enchentes; educação sanitária da população; combate aos roedores, por exemplo, tratamento do lixo, evitando locais onde proliferam ratos; e vacinação dos animais domésticos." "O MINISTÉRIO DA SAÚDE ADVERTE: A automedicação pode ter efeitos indesejados e imprevistos, pois o remédio errado não só não cura como pode piorar a saúde.



Referências

Leptospirose <http://labutes.vilabol.uol.com.br/lepto.htm>. Acesso em 02 de jul 2019
Mendes, CAF (2005). 156 Perguntas e Respostas em Microbiologia Clínica. [S.l.]: SARVIER. 63 páginas.
Sayers; et al. «Spirochaetes»National Center for Biotechnology Information (NCBI) taxonomy database. Encontrasse em <https://pt.wikipedia.org/wiki/Spirochaetes> acesso em 02 de jul 2019

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