segunda-feira, 19 de agosto de 2019

Helicobacter pylor



Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB)
Componente: Microbiologia Geral / Docente: Marcelo Loureiro
Discente: Adriele Kretli Dias - BI Saúde

Seja bem vindo a mais um dos nossos posts educacionais!
Espero que este trabalho possa te auxiliar de alguma forma!
Boa leitura!








Neste post vamos falar sobre as bactérias, mas especificamente uma bactéria chamada de H. Pylori e quais patologias ela pode causar.

Bactéria? H.Pylori? Patologia?

Calma, vamos explicar tudo!


Explicando a bactéria


Bactérias são organismos bastante simples formados por uma única célula (chamados de unicelulares). Imagine só: O corpo humano tem por volta de 10 TRILHÕES de células (chamados de pluricelulares), então só por isso já podemos imaginar que as bactérias são seres minúsculos, na verdade, seres microscópicos. Apesar disso, elas podem formar colônias. 
Normalmente elas possuem uma parede celular rígida que envolve externamente a membrana plasmática que é formada por proteínas (chamadas de peptídeos) interligadas a açucares (chamados de polissacarídeos), formando então um complexo nomeado de peptidoglucano. Essa parede é importante porque é ela que mantém a forma da célula bacteriana e a protege.
No citoplasma da célula bacteriana, percebe-se a presença de apenas um tipo de organela: os ribossomos. Esses ribossomos são menores em relação aqueles encontrados em células eucarióticas, mas desempenham a mesma função, que é a síntese de proteínas. Além dos ribossomos, no citoplasma (ou hialoplasma) existe também um único filamento de DNA circular com todas as informações (genes) necessárias ao funcionamento biológico bacteriano, e grãos de glicogênio utilizados como reservatório de nutrientes.
Geralmente o material genético localiza-se numa região chamada de nucleoide, e em alguns casos observa-se o plasmídeo, que é formado por uma molécula pequena de DNA circular de duplicação independente.  
          
As bactérias se movem?

Simmm! 

A locomoção de muitas bactérias ocorre através de flagelos (batimento flagelar), e outros anexos como pili ou fimbrias também auxiliam no deslocamento de material genético entre bactérias ou até mesmo facilitar a aderência e infecção a um hospedeiro.
           
As bactérias podem ser classificadas de acordo com sua morfologia (forma), podemos citar:


Bacilos: Bactérias que tem formato de bastão

Cocos: Bactérias com formato esférico (pronúncia: cócos)

Espirilos: Bactérias em formato de sacarrolha


Esses tipos morfológicos podem se agrupar e formar colônias com denominações distintas.





...


GRAM POSITIVO E NEGATIVO

Além dessa diversidade morfológica, as bactérias podem ser classificadas com base na constituição da parede celular.
 Como abordamos anteriormente, a parede celular das bactérias é formada basicamente por peptidoglicano (proteína e açúcar) e garante a proteção desses organismos, a divisão celular e a manutenção da forma das células. Algumas propriedades da parede celular permitem que sejam classificados em dois grupos: gram-positivas e gram-negativas.

CURIOSIDADE
Para identificar se uma bactéria é gram-positiva ou gram-negativa, utiliza-se a Coloração de Gram, uma técnica que submete as bactérias a corantes e permite a coloração de sua parede.


Veja a seguir as características desse grupo de bactérias:

GRAM-POSITIVAS: Na parede celular das bactérias gram-positivas, tem maior quantidade de peptidoglicano, além da presença de ácidos teicoicos. Essas bactérias ficam azuis ou violeta em coloração de Gram.

GRAM-NEGATIVAS: A parede celular das bactérias gram-negativas é mais complexa. Existe uma camada com menor quantidade de peptidoglicano e outra membrana externa formada por lipopolissacarídeoEssas bactérias ficam vermelhas em coloração de Gram.




Apesar de toda diversidade na morfologia bacteriana, a partir de agora, vamos focar em uma específica: bactérias de morfologia espiralada, exclusivamente o ESPIRILO.

Espirilos são bactérias em forma de espiral, ocorrem em sua grande maioria, de forma isolada e apresentam corpo rígido e se locomovem com a ajuda de flagelos.
Para exemplificar, falaremos dobre a Helicobacter, que é um gênero de bactérias gram-negativas. Algumas espécies são encontradas no revestimento do trato gastrointestinal superior, tal como o fígado de mamíferos e alguns pássaros.



[Helicobacter sp.]

Helicobacter spp. Tem vida compatível no ambiente altamente ácido do estômago de mamíferos porque produz grandes quantidades de uma enzima chamada uréase, que aumenta e mantêm o pH citoplasmático e periplasmático perto da neutralidade (pH 6-7). As bactérias que pertencem a este gênero são normalmente suscetíveis a antibióticos e se movimentam rapidamente devido aos múltiplos flagelos que possui.

            O gênero de bactéria Helicobacter se subdivide em várias espécies, veja a seguir.




Uma espécie muito estudada desse gênero é a H. pylori que é um patógeno humano responsável por muitos casos de úlceras pépticas, gastrites crônicas, duodenites, e câncer no estômago.

Mas quem é essa tal de Pylori? Onde que ela fica?

Helicobacter pylori, também conhecida como H. pylori, é uma espécie de bactéria presente no estômago que pode infectar a mucosa do estômago do ser humano. Ela é responsável por causar muitas das patologias citadas anteriormente, apesar de a maioria dos humanos infectados nunca chegar a manifestar qualquer tipo de sintomatologia e/ou complicação relacionada com a bactéria.
            Estas bactérias vivem quase exclusivamente no estômago humano e no duodeno, sendo o único organismo conhecido capaz de colonizar esse ambiente muito ácido, em parte pela sua capacidade de secretar uréase (que transforma a ureia presente no ácido gástrico em amônia) elevando o pH ao redor da bactéria possibilitando sua colonização.
As bactérias têm formato de hélice (daí o nome Helicobacter) e a forma espiralada permite que elas "atravessem" com mais facilidade a camada de muco que protege o epitélio gástrico.


[H. pylori]

Qual tipo de infecção a H. pylori pode causar?

infecção gástrica causada por H. pylori é considerada a mais comum das infeções humanas. A maior parte dos estudos sugere que homens e mulheres são infectados de forma igualitária por H. pylori. É provável que o meio de transmissão desta bactéria seja diretamente de pessoa para pessoa de via oral para oral e fecal-oral. A H. pylori pode ser encontrada na saliva, placa dentária e nas fezes, o que prova que as cavidades oral e fecal estão realmente envolvidas na transmissão da bactéria. O vômito e o refluxo esofágico também são considerados meios de propagação do microrganismo, já que o H. pylori está presente no suco gástrico de pacientes infectados.
Os sintomas da doença gástrica surgem na vida adulta, mas a H. pylori entra no organismo durante infância.

CURIOSIDADE
A bactéria está presente em mais da metade da população mundial, sendo que mais de 30% da população dos países desenvolvidos e mais de 80% dos indivíduos que vivem nos países em desenvolvimento são portadores desta bactéria.


A prevalência da infecção por H. pylori varia muito de acordo com a área geográfica, idade, raça e está intimamente relacionada com condições socioeconômicas e sanitárias.



Fatores de risco


Idade: A infância é o período de maior aquisição da bactéria H. pylori, especialmente os cinco primeiros anos de idade.
Sexo: Os indícios indicam que ambos os sexos são afetados de forma igualitária.
Etnia: Estudos relatam maior prevalência em indivíduos de etnia branca.
Fatores ambientais: Fumo, o consumo de álcool e dieta podem influenciar na aquisição da infecção.

Quais os sintomas, como se dá o diagnóstico e como tratar?

A infecção pode ser sintomática ou assintomática (quando o infectado não apresenta os sintomas da doença). Estudos apontam que até 70% das infecções são assintomáticas e que aproximadamente 2/3 (dois terços) da população mundial estão infectados pela bactéria, o que a torna a infecção mais difundida no mundo.
O sistema imunológico não é capaz de eliminar essa bactéria, então é possível que a primeira infecção por H. pylori pode percorrer por toda a vida, caso não seja feito nenhum tratamento. Apesar disso, é provável que nos idosos a infecção pode desaparecer como tempo à medida que a mucosa do estômago começa a se atrofiar, o que inviabiliza a infecção.

[...]
É IMPORTANTE SABER
Mesmo com tratamento, há estudos que indicam que a bactéria tem apresentado resistência a antibióticos como o Metronidazol, por exemplo. No entanto, os índices de erradicação de H. pylori após antibioticoterapia estão próximos de 80% variando de país para país e regionalmente dentro de cada país. A cura da infeção por H.pylori resulta na cicatrização da úlcera e na potencial redução do risco de câncer e linfoma gástricos.
[...]

As técnicas utilizadas para o diagnóstico de infecção por H. pylori podem ser diretas (detectando a presença da bactéria por cultura ou microscopia) ou indiretas (utilizando urease, antígenos nas fezes ou uma resposta de anticorpos como um marcador da doença).
O diagnóstico de H. pylori é realizado geralmente por testes invasivos, ou seja, com ajuda de algum instrumento, haverá penetração ou “invasão” do organismo afetado como, por exemplo, a análise histológica de biópsias obtidas durante o exame de endoscopia ou colonoscopia. Esse tipo de exame tende a ser mais preciso quanto ao diagnóstico.
Os testes não invasivos incluem o teste sorológico, teste respiratório com ureia e o teste de excreção urinária da amônia. Estes testes não precisam de endoscopia, entretanto, a dificuldade na preparação dos antígenos específicos da bactéria e a presença de bactérias que hidrolisam (basicamente causam decomposição da) ureia na cavidade oral diminuem a especificidade e a sensibilidade do diagnóstico. Por isso os métodos não invasivos são indicados para o diagnóstico depois do tratamento, pra verificar a sua eficácia.
Existem outros testes que são realizados a partir de biópsias gástricas, são os testes rápidos da urease, baseado na hidrólise da ureia por H. pylori e isolamento por cultura, esse é um método considerado “padrão ouro” para determinação da susceptibilidade de H. pylori aos antibióticos. Entretanto, devido ao seu crescimento lento e particularidades no cultivo, este método não é utilizado na maioria dos laboratórios clínicos. Além disso, a detecção de H. pylori em cultura pode ser influenciada pelo uso prévio de alguns medicamentos como omeprazol, antimicrobianos, bismuto ou benzocaínas.
Com o avanço das técnicas de análise de ácidos nucleicos, o diagnóstico de H. pylori tem sido feito também por Reação em Cadeia da Polimerase (PCR) em conjunto com a análise histológica, resultando numa alta sensibilidade e especificidade, realizado a partir de amostras de biopsia gástrica, suco gástrico, placa dentária, saliva, cultura e/ou fezes. Deste modo os testes moleculares para identificação de mutações associadas a resistência a antibióticos presentes em genes de H. pylori são de grande utilidade para estudos em larga escala e para a prática clínica.

Uma vez detectada a H. pylori na mucosa do estômago do paciente com doença gástrica, o tratamento indicado consiste em regime triplo ou quádruplo, incluindo os antibióticos metronidazol, claritromicina, amoxicilina ou tetraciclina e um inibidor de bomba de próton como omeprazol, lansoprazol ou pantoprazol.
 Ainda não há um protocolo padrão para tratamento da infeção por H. pylori, já que existem pessoas que não respondem aos medicamentos e mantêm a infeção. Vários fatores contribuem para essa baixa taxa de cura após tratamento da infeção por H. pylori incluindo a ineficiência da penetração do antibiótico na mucosa gástrica, a inativação do antibiótico pelo ácido estomacal, a falta de adesão do tratamento pelo paciente e, principalmente, casos emergentes e aumento de cepas de H. pylori resistentes a antibióticos.


ASSOCIAÇÃO COM CÂNCER GÁSTRICO

O câncer gástrico e o linfoma MALT (Linfoma da Mucosa Associada ao Tecido Linfoide) foram associados com H. pylori. A bactéria foi categorizada como um carcinógeno grupo I pela Agência Internacional para Pesquisa em Câncer (IARC em inglês). Embora esta associação seja razoavelmente forte, não está completamente claro se há uma relação causal envolvida.
Três mecanismos em que o H. pylori está relacionados poderiam promover câncer estão sob investigação:
·         Um mecanismo envolve o aumento da produção de radical livres aumentando a taxa de mutação nas células do hospedeiro.
·         O outro mecanismo proposto foi chamado "via perigenética" e envolve o aumento da transformação do fenótipo das células do hospedeiro por meio de alterações nas proteínas celulares como proteínas de adesão. Foi proposto que a H. pylori induz inflamação e altos níveis locais de TNF-alfa e/ou interleucina 6. De acordo com o mecanismo de perigenético proposto, moléculas de sinalização associadas à inflamação como TNF-alfa podem alterar adesão as células epiteliais gástricas e levar à dispersão e migração de células epiteliais transformadas sem a necessidade de mutações adicionais nos genes supressores de tumor como genes que codificam proteínas para adesão celular.
·         Um terceiro mecanismo que a bactéria poderia levar ao câncer se da pelo acumulo de amônia, resultado da quebra da ureia, nas células gástricas. O acumulo de amônia resulta em diminuição ou a ausência total de secreção gástrica levando ao quadro de gastrite atrófica, que é considera uma lesão pré-câncer.


REFLUXO ÁCIDO E CÂNCER ESOFÁGICO

As taxas de infeção por H. pylori têm diminuído nos países em desenvolvimento, presumivelmente por causa da melhora das condições de higiene e aumento do uso de antibióticos. Portanto, a incidência de câncer gástrico no EUA diminuiu 80% no intervalo de 1900 a 2000, apesar disso, a doença de refluxo gastroesofágico e câncer esofágico aumentaram dramaticamente durante o mesmo período.
Em 1996, Martin J. Blaser pressupôs a teoria de que a H. pylori também poderiam ter um efeito benéfico, regulando a acidez estomacal, diminuindo o impacto de regurgitação de ácido gástrico no esôfago. Enquanto algumas evidências favoráveis foram acumuladas, mas a partir de 2005 a teoria não foi mais aceita universalmente.


ESTUDO GENÔMICO

O estudo do genoma de H. pylori é centrado na tentativa de compreender a patogênese, a habilidade deste organismo para causar doença. Há 62 genes na categoria "patogênese" no banco de dados do genoma. As estirpes sequenciadas têm Cag (ilha de patogenicidade) longas de aproximadamente 40 kb (uma sucessão de genes que se acredita ser responsável pela patogênese) contendo mais de 40 genes. Esta ilha de patogenicidade está normalmente ausente em estirpes de H. pylori isoladas de indivíduos assintomáticos.
O gene cagA de H. pylori codifica uma proteína considerada um fator de virulência. Estirpes bacterianas que têm o gene cagA estão associadas com uma maior capacidade de causar úlcera péptica. Este gene codifica uma proteína relativamente longa (1186 aminoácido). A proteína do cagA é transportada as células humanas onde pode romper o funcionando normal do citoesqueleto.
A ilha de patogenicidade Cag tem aproximadamente 30 genes que codificam um complexo de transporte, o sistema de secreção tipo IV. Apos anexação da H. pylori a células epiteliais do estômago, a proteína cagA é injetada nas células epiteliais pelo "sistema de secreção tipo IV". A proteína cagA é fosforilada em resíduos específicos de tirosina por uma tirosina cinase associada a membrana das células do hospedeiro. Cepas patogênicas de H. pylori foram demonstradas ativando os Receptores de Fator de Crescimento Epidérmico (EGFR em inglês), uma proteína de membrana com um domínio tirosina cinase.
A ativação do EGFR pela H. pylori são associados com a transdução de sinais e expressão gênica alteradas nas células epiteliais do hospedeiro que podem contribuir para a patogênese. Também foi sugerido que uma região c-terminal da proteína cagA (aminoácidos 873-1002) poderia regular a transcrição de genes da célula do hospedeiro independente de sua fosforilação . Acredita-se, devido a baixa quantidade relativa de GC comparado com o resto do genoma da helicobacter, que o gene cagA+ foi adquirido através de transferência horizontal de outras espécies bacterianas.
Cada população humana tem uma distribuição característica das cepas de H. pylori que tipicamente infetam os membros daquela população. Isto permite aos pesquisadores usar a bactéria para estudar padrões de migração humana. Poderia ser estabelecido que a H. pylori em índios amazônicos tem origem no leste asiático e não na Europa, sugerindo que os imigrantes originais chegaram há pelo menos 11000 anos.


CURIOSIDADE

 O estilo de vida também pode influenciar na extensão da infeção por H. pylori e no tratamento. Um estudo realizado na Alemanha sugere que o consumo de álcool pode ser um protetor contra a infeção pelo patógeno em questão. A prevalência da infeção diminuiu significativamente entre pessoas que bebiam mais que 75g de etanol por semana comparado com pessoas que não faziam uso de tal quantidade.
A bebida alcoólica estimula a secreção de ácido e o esvaziamento gástrico e, portanto, não permite a instalação da H. pylori na mucosa gástrica. O estudo alemão também evidenciou uma alta taxa de infeção (20%) entre pessoas que ingerem três ou mais copos de café por dia. Além disso, as taxas de infeção também são significativamente altas entre fumantes (25%) comparados aos não fumantes (18%).


Para finalizarmos nosso post educacional, deixarei logo abaixo alguns links para complementar o seu conhecimento acerca do tema! Até breve J

(O que é a bactéria H. pylori?)
Este é um vídeo produzido pelo Centro Médico de Telemedicina – Andrologia, e publicado pelo canal “MD.Saúde” que explica de forma clara o conteúdo que aprendemos hoje, além de sua história.

(H. pylori – segundo tratamento com Pylori PAC Retrat)
Este é um vídeo caseiro, publicado pelo canal “E aí Sancha Guedes”. Nele, a autora relata sua experiência com a infecção por H. pylori: sintomas, exames, tratamento para a erradicação da bactéria. Ficou internada por seis (6) dias e relata o ocorrido.  

GUIMARAES, Jocilene; CORVELO, Tereza Cristina; BARILE, Katarine Antonia. Helicobacter pylori: fatores relacionados à sua patogênese. Rev. Para. Med., Belém, v. 22, n. 1, p. 33-38, mar. 2008. Disponível em: <http://scielo.iec.gov.br/pdf/rpm/v22n1/v22n1a05.pdf>. Acessos em 21 jun. 2019.


Trabalho realizado por Adriele Kretli Dias, estudante do Bacharelado Interdisciplinar em Saúde pela UFSB (Campus Paulo Freire) para fins de avaliação do componente curricular Microbiologia Geral, ministrado pelo docente Marcelo Loureiro durante o quadrimestre 2019.2.










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